Saúde Sete capitais estão sem vacina contra a Covid
Saúde 24/04/24 09:17

Pelo menos sete capitais estão sem vacina contra a Covid. As novas doses só devem chegar em 15 dias.

A cidade de Goiânia tem apenas 4 mil doses da vacina bivalente contra a Covid. Elas são suficientes para duas semanas. E tem muita gente para vacinar.

Pelas regras atuais do Programa Nacional de Imunizações, os grupos prioritários precisam receber uma dose de reforço a cada ano. Pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, indígenas e quilombolas, por exemplo.

Quem tem 60 anos ou mais, quem é imunocomprometido, mulheres grávidas e puérperas devem se vacinar a cada seis meses. Mas está difícil cumprir esse plano.

Em Belém a vacina bivalente acabou há uma semana. Quem vai aos postos de saúde de São Luís e de Recife também não consegue encontrar a vacina contra a Covid.

Em Porto Alegre, as últimas seis doses foram aplicadas nesta segunda-feira (22). Curitiba não tem mais estoque. No Rio de Janeiro, já acabou há dez dias.

Na cidade de São Paulo, nenhum posto de saúde tem a vacina da Covid no estoque. A Secretaria Municipal da Saúde informou que a última remessa chegou no início de março e que todas as doses já foram aplicadas.

O professor de tênis Cláudio Claudino, de 65 anos, fez as contas e viu que já está na hora de tomar mais uma dose. Ele ficou preocupado quando descobriu que a vacina está em falta.

"Ah não tem? Poxa vida estava contente que ia tomar. Ah não tem", diz o professor.

 

O presidente do departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi, explica que a proteção adquirida com a vacina - e mesmo a de quem teve a doença - diminui com o tempo.

"Mais importante que o número de doses que você tomou no passado, especialmente se você pertence aos grupos de risco, é saber há quanto tempo você recebeu sua última dose. Caso você tenha recebido sua última dose há mais de 6 ou 12 meses, significa que você está novamente sob risco dessas formas mais graves e precisa atualizar", explica.

Ministério da Saúde atrasou a compra de novos lotes da vacina contra COVID e adiou o início da campanha de vacinação dos grupos prioritários de abril para maio. No site, o Ministério informa que 12 milhões e 500 mil doses vão chegar em duas semanas.

Seu Carlos tomou a quinta dose no início do ano passado. Ele tem 63 anos e precisa se proteger de novo. "Uma vez que vão disponibilizar, vou estar na fila pra tomar com absoluta certeza".

Seu Renato concorda e está só esperando a vacina chegar.

“Vacina, como diz o ditado, é boa no braço ne? Então...”, diz Renato Corrêa – aposentado.

G1